Mais de mil pacientes são acompanhados com atendimento de uma equipe multidisciplinar
Garantir saúde para todos é um compromisso da Prefeitura de Belo Jardim e um dos trabalhos que são desenvolvidos pelo município é o atendimento especializado que, por meio do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), acompanha pacientes com transtornos mentais e oferta tratamentos de reabilitação e ressocialização, possibilitando a essas pessoas qualidade de vida em sociedade. Cerca de 1.100 pacientes são atendidos pelo Caps II de Belo Jardim.
O Caps é indicado para pacientes que expressam sofrimento significativo, grave e persistente, em decorrência de algum possível transtorno mental, como: quadros de ansiedade intensos e recorrentes, depressão moderada ou grave, ideação suicida, transtorno afetivo bipolar, quadros psicóticos (como esquizofrenia), entre outros adoecimentos.
Após a triagem dos pacientes e identificação do quadro, eles são direcionados aos tratamentos mais indicados, como atendimento inicial a situações de crise, atendimento em grupo, atendimento a família, ações de reabilitação psicossocial e ações de redução de danos. O Caps conta com uma equipe multidisciplinar, com psicólogo, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistente social. Além de um educador físico. Os acompanhamentos ocorrem por demanda espontânea ou via encaminhamento por outros dispositivos da rede de saúde ou intersetorial.
“É importante destacar que nem toda pessoa expressando tristeza profunda ou saúde mental fragilizada deve ser encaminhada ao Caps. É essencial uma escuta acolhedora de cada paciente para avaliar o tempo de início dos sintomas, frequência e intensidade. Sintomas leves e episódicos, por exemplo, devem ser encaminhados ao acompanhamento psicológico ambulatorial e, quando possível, direcionados ao médico da unidade de saúde”, explicou a coordenadora do Caps II, Acidália Grasielly.
O trabalho do Centro de Atenção Psicossocial tem mudado a realidade de pacientes e familiares de pessoas com transtornos mentais que, há algumas décadas, sofriam com internação em manicômios, lugares que prendiam e agravavam a situação dessas pessoas ao invés de cuidar. Em nossa região não existe mais manicômios, porém, a luta continua para conscientizar a sociedade da necessidade de tratamento em liberdade para esses pacientes, evitando ao máximo o encaminhamento para clínicas psiquiátricas.