A Prefeitura de Belo Jardim se reuniu, na última terça-feira (07), com representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Simusbeja) e da Associação dos Professores para firmar acordo para quitação da folha salarial dos professores, que estava em atraso desde dezembro de 2020, dívida deixada como herança pela gestão de Hélio dos Terrenos para a gestão Gilvandro Estrela.
Após negociação, ficou acordado que a prefeitura deverá quitar a folha salarial dos professores em 10 parcelas, com início a partir de setembro. Desde que assumiu a gestão, Gilvandro Estrela comunicou sua preocupação com a quitação do débito que não havia sido provocado por sua administração, enviando anteriormente algumas propostas de pagamento dentro das possibilidades do executivo, mas que não foram aceitas pela categoria ou ainda pelo Ministério Público, que intermediou o caso.
Com a chegada da secretária Carmen Peixoto à pasta da Educação e em alinhamento com as Secretarias de Governo e Articulação Política (Joedna Souza) e a de Gestão Pública, ainda com Laércio Lemos que cedeu o lugar para Leonardo Dourado que auxiliou no processo, e a Procuradoria Geral, em nome do procurador Eduardo Danda, finalmente foi aprovado o acordo entre as partes. Para o prefeito Gilvandro Estrela a celebração do contrato vai minimizar os danos deixados por uma administração passada desastrosa.
“O dinheiro do Fundeb para pagamento do salário existia na conta em dezembro. E por que não pagaram? A Lei diz que a verba do Fundeb só poderá ser utilizada para este fim durante a gestão em curso e não repassada para a futura. Vamos honrar com essa dívida com recursos do tesouro municipal que poderiam estar sendo utilizados para pagamento de outras dívidas, também deixadas como herança pela mesma gestão e por outras passadas. Ou ainda, principalmente, poderiam ser investidos na qualidade de vida do nosso povo”, desabafou Gilvandro.
O acordo firmado ressalta a comprometimento da gestão em administrar a cidade com lisura, transparência e honestidade, foi o que garantiu a secretária de educação. “A nossa fala, tanto de Danda, quanto a minha e a de Leonardo, mostrou para eles a seriedade do governo, o desejo de fazer com que a coisa acontecesse, mas os impedimentos legais não permitiram. A gente não tem como abraçar todos os débitos de uma vez, então o governo só tem apagado incêndios de débitos passados. Mas os professores merecem receber seus proventos porque trabalharam para isso”, finalizou Carmen Peixoto.